Alecrim Brasil

D. Maria Teresa de Orleáns e Bragança, princesa do Brasil

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Rezi de Orleans e Bragança

D. Maria Teresa de Orleáns e Bragança, princesa do Brasil, nasceu em Jundiaí do Sul no Rio Grande do Sul, Brasil.
Seu pai é D. Pedro Henrique de Orleans e Bragança, príncipe do Grão-Pará e sua mãe a D. Maria Elisabeth, Princesa da Baviera, Alemanha.
Rezi, como chamada pelos amigos, é casada, tem 2 filhos e mora atualmente em Bruxelas (Outubro de 2011).

Informação na Wikipedia: Link Wikipédia

Rezi é pintora, especializada em porcelanas.

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Rezi de Orleáns e Bragança conta para as crianças do Alecrim sobre o seu tataravô D. Pedro I

 
Eu vim aqui para contar para vocês a história do meu tataravô, o Dom Pedro I. Ele é o pai, do pai, da minha bisavó. A princesa Isabel. Ele nasceu quase 200 anos atrás.

  O nome dele completo era: Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. 16 nomes! Mas Pedro era suficiente! Esta é uma tradição de família, é o nome pessoal, mais o nome dos padrinhos e madrinhas, seguido o nome dos arcanjos protetores da criança. Eu mesma tenho 9 nomes!

  Ele era o filho do rei de Portugal que se chamava D. João VI e a mãe dele era a Dona Carlota Joaquina. Quando ele tinha 9 anos, ele e a familia real tiveram que sair de Portugal devido a invasão de Napoleão à Portugal.

Nesta época só tinha navios, barcos, cavalos e carruagens. Como ele tinha que atravessar todo o oceano Altântico, eles foram em enormes navios para o Brasil. A viagem de navio até o Brasil durou  vários meses. Foi super difícil e desconfortável. Imagine você ficar o tempo inteiro num navio cheio de gente, com muitas pessoas com enjôo por causa das ondas... Foi nesta viagem que cresceu o fascínio de Pedro pelos navios. A construção de navios foi uma atividade que ele se dedicou muitas horas quando adulto.

O Pedro era um menino que teve uma educação muito religiosa, rezava, ia a missa, e lia muito, e tudo em latim. Ele gostava muito de praticar esportes, como a equitação, e tinha especial prazer pela música, sendo o compositor do então Hino Nacional de Portugal até 1920 e do atual Hino à Independência do Brasil.  Quando ele chegou no Brasil, ele ficou maravilhado. Tinha tanta coisa legal no Brasil. O Brasil é um país mais quente; dava para brincar o “ano inteiro” no jardim, tinha muitas árvores, muitas frutas, .... E quando a família real chegou no Brasil, ainda não tinha nenhum palácio todo chique e cheio das coisas, com todo o rigor como Pedro tinha em Portugal. Por isso eles ficaram morando provisoriamente numa das casas grandes e bonitas que já existia no Brasil. Que era ótima para as pessoas ricas que moravam nesta época, mas não muito apropriada para os reis segundo as tradicoes de Portugal. Para Pedro, agora, era muito fácil sair da casa e “passear” um pouco pelas ruas, o que normalmente não acontecia ao filhos dos reis na Europa. As filhos dos reis nesta época, ou seja os pequenos príncipes, eram super protegidos dentro dos castelos. Mas vivendo no Brasil, e não tendo que morar num palácio, o Pedro tinha muito contato com a natureza e o povo brasileiro.

Quando ele completou 18 anos ele casou com a filha do imperador da Áustria, a Dona Leopoldina. Antes de casar, eles só se conheciam por pinturas!!!

Quando o pai do Pedro, teve que voltar para Portugal, ele assumiu a regência do Brasil. Ou seja, ele ficou o responsável pelo Brasil em lugar do pai: o pedro era então o “principe regente”. Pedro gostava tanto do Brasil que ficou feliz em poder ficar no Brasil mesmo que os seus pais fossem embora. Como o Pedro, agora conhecido como D. Pedro I, não precisava mais pedir a permissão do pai para tudo, ele mesmo podia decidir algumas coisas sózinho, ele comecou a “melhorar” algumas coisas do Brasil. E cada vez ele ia fazendo mais, mais e mais e cada vez menos ia perguntando menos para o pai. Um ano depois, o pai dele escreveu uma carta que o Pedro deveria voltar para Portugal porque o Pedro não podia continuar fazendo todas as coisas que ele queria fazer, sem nunca consultar ao pai. Mas o Pedro não quiz ir embora. Ele queria ficar no Brasil, ele adorava o Brasil e o povo brasileiro gostava muito dele também, porque o D. Pedro I, estava melhorando muito o Brasil. No dia que ele recebeu a carta do pai, D. Pedro I  disse na frente de todo mundo e bem alto:

"Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico".

Este é o famoso dia do fico, e abril de 1822. E ele ficou no Brasil e não voltou para Portugal.

O pai dele, o D. João VI, quando soube que o filho estava desobedecendo, ele ficou furioso, mas muito furioso. E mandou um carta com um monte de castigos para o filho e para o povo brasileiro (que tinha influenciado o filho).

O D. Pedro estava viajando a cavalo ao lado do rio Ipiranga, quando chegou o "carteiro" para entregar a carta do pai, o rei de Portugal. Vocês nem imaginam como o Pedro ficou "bufando" de raiva ao ler a carta. E ele pensou, eu não vou obedecer, eu e o meu povo brasileiro não vamos nos sujeitar a isso, nós já somos fortes e nao precisamos mais de Portugal. Então, ele pegou a espada dele, ameaçou assim para o céu, e gritou bem alto:

"Independencia ou morte!".

E desde esse dia, o Brasil nao mais dependeu de Portugal, é um pais independente. E a gente diz que neste dia, o Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil.

Fotos do evento
Rezi de Orleáns e Bragança conta para as criancas do Alecrim
sobre o seu tataravô D. Pedro I


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